quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Abolição da escravidão: A luz que veio da Inglaterra


População britânica se uniu em campanhas panfletárias inéditas pelo fim do tráfico de escravos, ocorrido há 200 anos
Leandro Narloch | 01/10/2007 00h00

"Há exatos 200 anos o tráfico de escravos foi proibido na Inglaterra. Foi a primeira vitória de uma campanha que fez do Império Britânico – que no século 18 tinha vendido cerca de 3 milhões de escravos para a América – uma força abolicionista que acabaria com o comércio em todo o Atlântico mais tarde. A história contada geralmente é que os ingleses fizeram isso por interesses próprios, para criar um mercado consumidor na América. As origens do abolicionismo inglês não são consenso entre os historiadores, mas sabe-se que o movimento teve uma participação popular inédita – e muito maior do que os livros didáticos costumam ensinar.

Organizado em comitês e contando com mulheres, religiosos e cidadãos comuns que saíam de porta em porta distribuindo panfletos e juntando abaixo-assinados, o abolicionismo britânico seria um modelo dos movimentos sociais que marcariam o século 19. A mobilização começou em 1787, quando 12 amigos criaram a Sociedade para a Abolição do Comércio de Escravos. Para mudar o pensamento da época, usaram armas que depois se tornariam comuns, como a propaganda em panfletos e jornais, os boicotes e as petições públicas. “Foi a mais impressionante campanha de opinião pública que o Ocidente viveu antes do século 20”, afirma Manolo Florentino, historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Com um objetivo e uma estratégia clara, os abolicionistas transformaram uma idéia absurda em lei aprovada pelo Parlamento.”

Por muito tempo, acreditou-se que a campanha abolicionista só tinha dado certo porque as colônias britânicas na América estavam em declínio – e, portanto, a escravidão não era mais importante para o império. O historiador americano Seymour Drescher abalou a idéia com o livro Econocide (“Econocídio”, inédito em português). Para ele, o fim da escravidão acabou é prejudicando a economia britânica. Muitas das cidades mais ativas na abolição, como Manchester e Liverpool, eram as que mais lucravam vendendo para mercados aquecidos com o comércio de escravos, como a África e a América. “Quem apoiava o tráfico poderia muito bem acusar os abolicionistas de agir contra seus próprios interesses”, escreveu Drescher em outro livro sem tradução em português, Capitalism and Antislavery (“Capitalismo e abolicionismo”). “Hoje, a teoria de Drescher de que a abolição foi um fenômeno cultural é inquestionável. Lamentavelmente, a idéia ainda não chegou aos livros didáticos do Brasil”, afirma Florentino."
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/abolicao-escravidao-luz-veio-inglaterra-435570.shtml


Comentário: percebemos com a leitura do texto que a abolição foi uma ação na qual contagiou o mundo inteiro.

Porém vemos que isso foi temporário por vermos até hoje pessoas em condições péssimas onde estão sujeitas até a perderem sua capacidade de locomoção, identidade, liberdade e muito mais por apenas estarem correndo atrás de um modo de vida melhor e inocentemente vão parar em algemas e correntes onde estão muito longes de um abrigo, percebendo então a falta dos direitos humanos no cotidiano dessas pessoas.


Post de: Lucas, 8°B

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